sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Fazenda de vento!

Hoje é sexta-feira, 25/9, às 19h. Estamos em Denmark. Ontem foi nosso último dia em Albany, de onde saímos hoje pela manhã.

Ontem, logo cedo, fomos ver uma exposição de flores silvestres da região, no salão paroquial da Igreja São João Evangelista, anglicana. As flores daqui lembram as do cerrado de Brasília. Vejam algumas:


Vai ver era por causa dessa exposição que vimos vários velhinhos na estrada, colhendo florzinhas. Pelo visto foi mais um evento organizado por aposentados. Mas esse foi bem arrumadinho, não lembrava em nada aquele museu de Esperance.

Depois fomos ver uma exposição dos pintores de Albany, tinha umas aquarelas interessantes, mas também tinha alguns trabalhos bastante amadores. Não fotografamos, claro, né?

O passeio pelo roteiro norte foi ótimo: conhecemos outras praias, como a do Emu Point, que consta do roteiro turístico, mas não achamos grande coisa. Em compensação, resolvemos seguir por uma estradinha para conhecer uma Little Beach e tivemos uma ótima surpresa. Vejam que linda:

Gilson e Natália curtindo uma prainha...

Na volta desses passeios paramos para almoçar em uma fazendinha de "marrons", que é uma espécie de lagosta, só que menor. Nosso prato tinha, além dos marrons, yabbis (uma espécie de lagostim), truta defumada e polvo. Fizemos alguma bagunça para quebrar a casca dos yabbies, mas conseguimos comer direitinho. Infelizmente, não tomamos vinho, porque o sistema era byo. Mas a comida estava uma delícia e foi arrematada por cake de chocolate com sorvete, que até o Gilson atacou! E de quebra, ainda vimos na estrada um bando de cangurus:


Como já dissemos aqui, o estado de Western Australia está para a Austrália como Goiás está para o Brasil, com a diferença de que possui praias. Já imaginaram Quirinópolis com praia? Então, é mais ou menos isso.

Tem quatro parques de preservação ambiental só na região de Albany, com corredores de ligação entre eles para que os animais possam se deslocar de um para outro. Muitas das praias ficam nesses parques.

Tem também uma grande variedade de fazendas: de morango, de carneiros, de leite, de peixes e crustáceos, de alpacas (aquele animal parecido com lhama). Plantação de eucaliptos é chamada de tree farm (fazenda de árvore). E ontem fomos conhecer uma wind farm (fazenda de vento). Não é louco? Vejam as fotos:


Vocês não imaginam a força do vento que enfrentamos lá. Ficamos gelados, de dar dor no nariz. Natália disse que a sensação do vento e do frio é a mesma de quando pulou de paraquedas. Mas o cenário é de uma modernidade que compensa a visita. Toda a iluminação de Albany é gerada por energia eólica. Pela ventania que pegamos, achamos que dá para abastecer o país todo!!!



Agora ficamos por aqui. No próximo post contaremos como foi nosso primeiro dia em Denmark, com Miss Road criando confusão, de graça. Vamos à pizza e ao vinho!!!!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Albany é linnnnnda!!!

Hoje é quinta-feira, 24/9, à noite. Estamos desde anteontem em Albany, uma cidadezinha de 30 mil habitantes, linnnda! Estamos gostando muito daqui, porque tem, além das lindas praias e formações rochosas, uma gastronomia excelente. Vejam que linda:

De um lado, um grande morro...


... de outro, o mar!

Foi facílimo encontrar nosso hotel, por dois motivos:
1) em frente a ele tem uma enorme baleia azul, que esguicha água 24 horas; e
2) a Natália finalmente se entendeu com a Miss Road (depois a gente explica quem é essa senhorita).


Ontem fomos conhecer a famosa ponte natural esculpida pela água na pedra, que fica ao lado de um imenso buraco sobre o mar, chamado "The gap". Vejam só que coisa mais impressionante:

The natural bridge

Só de chegar perto dá vertigem, de tão monumental que é a tal ponte! Realmente admirável!

THE GAP
Dá muito medo chegar na borda dessas rochas, porque não tem proteção, apenas em alguns lugares é que tem uma cerquinha. Isso sem contar que venta muito forte, um vento ge-la-do!!!
Vejam nas fotos como estão nossos cabelos e nossas roupas:


Pra variar, a gente quer chegar aos locais que não tem cerquinha, porque a vista de lá é mais bonita. Mas, com o vento muito forte, dá um medo danado de sair quicando que nem bola de borracha! Vejam um momento desses, de aperto:


Essas atrações estão no circuito que fica ao sul da cidade. Tem o porto do Jimmy Newhills, local em que o mar forma uma piscina natural, de água muito transparente. Fomos também aos Blow Holes, lugar em que o mar forma fontes que jorram de buracos na rocha. Vimos também Stony Hill, umas pedronas enormes, onde o vento é tão forte que quase levanta a gente do chão. Vejam a Natália fazendo gracinha:


Depois disso, fomos conhecer Salmon Holes, praia em que os salmões se escondem no inverno, para se protegerem dos tubarões e serem pescados e servidos a nós em restaurantes (hehehe! ecológico, não?), e a incrível, linda, ma-ra-vi-lho-sa Misery Beach, de água geladíssima:

Natália e Bel "curtindo praia"... Hahahahaha!!!

E ainda fomos ver o Whale World (Mundo da Baleia), uma espécie de museu da época em que o povo daqui assassinava as pobrezinhas para tirar-lhes o couro, a carne, os ossos, ou seja, tudo, e fazer óleo. Funciona na antiga fábrica de óleo de baleia. Dá uma pena!

Depois de toda essa andança, fomos finalmente almoçar, em um restaurante chamado MeanFiddler. Temos comido mais peixe e frutos do mar. O de ontem foi camarão feito em um molho de alho e creme de leite, di-vi-no!!!! Quando terminamos, o chef veio conversar conosco e passou a receita do prato, acreditam? Só não divulgamos aqui porque prometemos guardar segredo...

Uma curiosidade: a maior parte dos restaurantes, para servir bebidas alcoólicas, adota o sistema "b.y.o, bring your own" ou, em português, "t.o.s., traga o seu". É normal as pessoas chegarem com a garrafa de vinho debaixo do braço...

Aguardem amanhã o passeio pelo circuito norte, com fotos até de um bando de cangurus!...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Começou o tour com a Natália!

Hoje é terça-feira, dia 22/9, às 21h30.

Saímos de Kalgoorlie, de carro, no domingo à tarde. Natália, mesmo de ressaca, dirigiu 400 km, até Esperance, no litoral.

A estrada é boa, mas se a gente precisar de qualquer coisa, é impossível. Andam-se grandes distâncias sem encontrar um posto de gasolina ou uma lanchonete. Dos dois lados, uma vegetação típica de climas semiáridos: árvores retorcidas e arbustos. Há também muitos lagos secos (salt lakes), como este:


Há também grandes extensões de plantação de colza, que é uma forrageira usada para alimentar gado. Por dar uma florzinha amarela, o cenário acaba ficando bem bonito. Vejam:

Chegamos a Esperance às 17h30. De cara, vimos que o tempo não estava para brincadeira: bem frio, com vento gelado em todas as direções. Vejam o motel em que ficamos:

O nosso apto. é o que está com a porta aberta, no térreo

Ontem, saímos para conhecer as praias, mas o vento frio continuava. A chuva caía de tempos em tempos. Valeu pelas belezas que descobrimos:




Pra variar, também as praias são cheias de placas com alertas sobre os riscos que oferecem: desde a existência de cobras até o aviso de que existem objetos submersos. Depois de tanta advertência, o banhista pensa duas vezes antes de entrar no mar:

Ah, um detalhe: é proibido bebida alcoólica nas praias. Também não tem barraquinhas de tira-gosto nem vendedores de comida. Bem, para nós não fez diferença, não havia ninguém e nós logo estávamos gelados, doidos para voltar para o hotel.

Demos uma volta pela cidade. Conhecemos um pequeno parque e uma praça de lojinhas:



Depois Gilson foi para o Hotel. Natália e eu fomos visitar o Museu da Cidade de Esperance. Foi uma surpresa: jamais vimos um museu tão caótico, sem leitura, como esse. Quem cuida dele é um grupo de velhinhos, que recolhe todo tipo de coisas e coloca em exposição. Vejam algumas fotos:

Logo na entrada, uma confusão de embalagens antigas, que misturavam vidros de remédios, sabão em pó, latas de sopa, lampiões, cartazes de propaganda, etc.
Mais adiante, nada a ver:

Natália não sabe se ri da bagunça ou se chora porque pagou ingresso na entrada...

Prosseguindo, algo mais sem sentido ainda:


Por último, vejam esta pérola:

Tinha mais, muito mais! Não dá para mostrar tudo aqui. Mas logo percebemos que, com o frio e a chuva, pouco teríamos a fazer em Esperance. Por isso, hoje pela manhã a gente se mandou para Albany.

Mas isso é assunto para o próximo post!!!